Utilizados para fazer entregas de produtos, filmar casamentos, analisar terrenos, simular naves de Star Wars em miniatura e mais uma infinidade de operações – entre corridas aéreas e missões de guerra –, parece haver poucas coisas que os drones não conseguem fazer. Infelizmente, uma dessas coisas é se manter muito tempo no ar. Com o objetivo de resolver o problema de autonomia desses dispositivos, pesquisadores britânicos recorreram a uma tecnologia centenária para carregar esses veículos com eles ainda em voo.
Como os drones precisam ser leves para conseguir voar sem muito esforço, as baterias que acompanham o kit não podem ser muito pesadas, mas, ao mesmo tempo, têm oferecem uma boa alimentação para os motores. Essa combinação acaba com a chance de brincar com o seu quadcóptero por horas e mais horas e quebra totalmente o ritmo da aventura pelos céus. Para evitar que os VANTs tenham que pousar continuamente para serem recarregados, cientistas da Imperial College London trouxeram um projeto de Nikola Tesla para os dias de hoje.
Estações remotas de recarga e transmissão entre drones estão nos planos do projeto
A ideia é utilizar a técnica de acoplamento indutivo ressonante para fazer com que dois equipamentos possam trocar energia entre si sem a necessidade conexões físicas, bastando que ambos estejam ajustados para uma certa frequência. A ideia já foi demonstrada na prática pelo próprio Tesla – o engenheiro sérvio nascido no século 19, não a empresa de Elon Musk – com fios de cobre próximos e apontados um para o outro. De acordo com os estudiosos, esse tipo de transmissão elétrica deve resolver a atual limitação dos drones.
Tesla já manjava das coisas desde bem antes de você nascer
No comunicado compartilhado pelos pesquisadores, é dito que essa tecnologia pode ser incluída facilmente nos modelos atuais dos veículos controlados remotamente. Além disso, eles acreditam que a instalação de centrais de reabastecimento em regiões urbanas ou a adição de pequenos pontos de recarga na fiação elétrica das cidades, por exemplo, são ações que podem fazer a autonomia dos drones chegar a um novo patamar. O melhor de tudo? Essa tecnologia por ser adaptada para outros campos, como medicina e exploração espacial.
Não é só papo
Para provar que o projeto é sério, os integrantes do estudo comprar um drone comum, com 12 centímetros de diâmetro, e modificaram a parte elétrica do dispositivo para: a) remover completamente a sua bateria; e b) instalar um anel de cobre que serve como receptor de energia para o gadget. Como é possível conferir no vídeo abaixo, o experimento foi um sucesso, já que o equipamento se manteve no ar apenas com a transmissão vinda da base elétrica.
O próximo passo, depois de mais testes e validações, é buscar parceiros comerciais para a viabilização de uma empreitada como essa. E aí, curtiu a solução encontrada pelos cientistas ou acha que isso só joga o problema para debaixo do carpete?
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